Difícil para nós, comunidades de países desenvolvidos ou emergentes, imaginarmos uma crise pior do que negócios falindo, consumo diminuindo, desemprego, restrições e ausência de desenvolvimento econômico.
Quase sempre, por estar usando a venda imposta pelo capitalismo selvagem, uma cultura arraigada principalmente nas comunidades ocidentais, não conseguimos perceber os acontecimentos que não seja pelo prisma econômico, vale aqui citar Karl Marx, sociólogo, economista, historiador e filosofo, que afirmava que nossa sociedade vive e se constitui pela dinâmica da guerra de classes, onde o acumulo de capital dita as regras sociais.
A prova disso é a nossa incapacidade de perceber, nesta crise, situações como a dessa bela reportagem do jornalista Daniel Santini.
A crise da África

Além dos conflitos, a África sofre também com doenças. A disseminação do vírus HIV é emblemática. Em meio à subnutrição, o número de mortos por aids é bem maior do que o de países desenvolvidos. A miséria é gritante. O administrador paranaense Samuel de Oliveira, de 27 anos, brasileiro integrante do MSF, conta que, em vez de tomar antiretrovirais, pacientes do Zimbábue trocavam a medicação por comida para a família. É neste contexto que, na semana retrasada, o papa Bento XVI fez campanha contra a camisinha durante uma visita.
